Importância das populações de aves dos Açores no contexto Europeu
O arquipélago dos Açores, situado no meio do oceano Atlântico, entre o continente Europeu e Americano, foi desde sempre um local de grande interesse para as aves, em especial as marinhas, não só devido à sua linha de costa com escarpas íngremes, mas também devido ao seu isolamento. Após o seu povoamento, nos meados do século XV, diversas espécies de aves que anteriormente nidificavam nos Açores deixaram de o fazer, não só devido à sua utilização como alimento e fonte de óleo para populações humanas, bem como devido à introdução de predadores e à destruição do seu habitat, chegando mesmo a ocorrer a extinção de algumas espécies.
Mesmo assim, a Região Autónoma dos Açores destaca-se pela ocorrência de uma espécie de ave endémica e pelas importantes colónias de aves marinhas nidificantes.
O Priolo Pyrrhula murina, endémico dos Açores, é o passeriforme mais ameaçado da Europa e encontra-se entre as aves mais ameaçadas do mundo, estimando-se a sua população em aproximadamente 150 casais. Em meados do século XVIII e princípios do século XIX foi considerada praga e perseguida até ao limite da extinção. Esta espécie restringe-se somente à parte Este da ilha de São Miguel, nas mediações do Pico da Vara, Tronqueira e Ribeira do Guilherme.
As populações de Procellariiformes nidificantes estão entre as mais importantes da Europa. Nos Açores ocorre a maior população de Cagarro no mundo (subespécie Calonectris diomedea borealis), com mais de 180.000 casais, o que corresponde a 79% da população europeia. Apesar da espécie não se encontrar ameaçada, a população tem uma distribuição restrita ao Atlântico e Mediterrâneo. Também importantes são as concentrações de Angelito Oceanodroma castro (915 a 1240 casais, correspondendo a 29% da população europeia) e de Frulho Puffinus assimilis (800 a 1500 casais, correspondendo a 21% da população europeia). Ocorre ainda uma população de Patagarro Puffinus puffinus (115 a 235 casais) que nidificam sobretudo nas ilhas do grupo Ocidental (Flores e Corvo), uma população residual de Alma-negra Bulweria bulwerii (cerca de 50 a 70 casais) e já foram capturados indivíduos de uma das espécies de ave marinha mais ameaçada da Europa, a Freira do Bugio Pterodroma feae.
Nos Açores nidificam ainda duas espécies, que embora sejam relativamente comuns a nível mundial, constituem importantes populações a nível europeu e nacional, respectivamente o Garajau-rosado Sterna dougallii (cerca de 1000 casais, correspondendo a 63% da população europeia) e Garajau-comum Sterna hirundo (cerca de 2000 casais, correspondendo a 5% da população europeia).
Ocorrem ainda o Canário-da-terra Serinus canaria, Passeriforme que nidifica somente nas ilhas da Macaronésia e uma série de outros Passeriformes com características subespecíficas, à semelhança da situação na maioria dos sistemas insulares, das quais se destacam a Estrelinha Regulus regulus com 3 subespécies (R. regulus azoricus, R. regulus santae-mariae e R. Regulus inermis), a Toutinegra Sylvia atricapilla atlantis, a Alvéola Motacilla cinerea patriciae, o Tentilhão Fringilla coelebs azorensis, o Melro-negro Turdus merula azorica, o Estorninho Sturnus vulgaris granti e o Pintassilgo Carduelis carduelis parva. Existe também uma subespécie endémica de Columbiformes, o Pombo-torcaz Columba palumbus azorica, e uma de Accipitriformes, o Milhafre Buteo buteo rothschildi.
Devido à importância das populações de aves nos Açores no contexto Europeu, foram implementas diversas Zonas de Protecção Especial (ZPEs) em todas as ilhas do arquipélago com o intuito de proteger os principais habitats das espécies de avifauna prioritárias à conservação definidas na Directiva Aves. De qualquer modo uma das principais acções de conservação deste património natural é a mudança de mentalidade das pessoas e a valorização de uma relíquia natural que está intimamente ligada à evolução destas ilhas.
O Priolo Pyrrhula murina, endémico dos Açores, é o passeriforme mais ameaçado da Europa e encontra-se entre as aves mais ameaçadas do mundo, estimando-se a sua população em aproximadamente 150 casais. Em meados do século XVIII e princípios do século XIX foi considerada praga e perseguida até ao limite da extinção. Esta espécie restringe-se somente à parte Este da ilha de São Miguel, nas mediações do Pico da Vara, Tronqueira e Ribeira do Guilherme.
As populações de Procellariiformes nidificantes estão entre as mais importantes da Europa. Nos Açores ocorre a maior população de Cagarro no mundo (subespécie Calonectris diomedea borealis), com mais de 180.000 casais, o que corresponde a 79% da população europeia. Apesar da espécie não se encontrar ameaçada, a população tem uma distribuição restrita ao Atlântico e Mediterrâneo. Também importantes são as concentrações de Angelito Oceanodroma castro (915 a 1240 casais, correspondendo a 29% da população europeia) e de Frulho Puffinus assimilis (800 a 1500 casais, correspondendo a 21% da população europeia). Ocorre ainda uma população de Patagarro Puffinus puffinus (115 a 235 casais) que nidificam sobretudo nas ilhas do grupo Ocidental (Flores e Corvo), uma população residual de Alma-negra Bulweria bulwerii (cerca de 50 a 70 casais) e já foram capturados indivíduos de uma das espécies de ave marinha mais ameaçada da Europa, a Freira do Bugio Pterodroma feae.
Nos Açores nidificam ainda duas espécies, que embora sejam relativamente comuns a nível mundial, constituem importantes populações a nível europeu e nacional, respectivamente o Garajau-rosado Sterna dougallii (cerca de 1000 casais, correspondendo a 63% da população europeia) e Garajau-comum Sterna hirundo (cerca de 2000 casais, correspondendo a 5% da população europeia).
Ocorrem ainda o Canário-da-terra Serinus canaria, Passeriforme que nidifica somente nas ilhas da Macaronésia e uma série de outros Passeriformes com características subespecíficas, à semelhança da situação na maioria dos sistemas insulares, das quais se destacam a Estrelinha Regulus regulus com 3 subespécies (R. regulus azoricus, R. regulus santae-mariae e R. Regulus inermis), a Toutinegra Sylvia atricapilla atlantis, a Alvéola Motacilla cinerea patriciae, o Tentilhão Fringilla coelebs azorensis, o Melro-negro Turdus merula azorica, o Estorninho Sturnus vulgaris granti e o Pintassilgo Carduelis carduelis parva. Existe também uma subespécie endémica de Columbiformes, o Pombo-torcaz Columba palumbus azorica, e uma de Accipitriformes, o Milhafre Buteo buteo rothschildi.
Devido à importância das populações de aves nos Açores no contexto Europeu, foram implementas diversas Zonas de Protecção Especial (ZPEs) em todas as ilhas do arquipélago com o intuito de proteger os principais habitats das espécies de avifauna prioritárias à conservação definidas na Directiva Aves. De qualquer modo uma das principais acções de conservação deste património natural é a mudança de mentalidade das pessoas e a valorização de uma relíquia natural que está intimamente ligada à evolução destas ilhas.
Sterna hirundo
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