NaturAzores

NaturAzores is an information page about Azores Nature, their Endemic Plants and animals, with photos and environmental items.

31 maio 2006

Casulo

Às vezes é bom escondermo-nos num casulo
Estarmos com nós próprios, sozinhos
Mudar as coisas, metamorfose
Crescer
Acordar para uma nova vida.

30 maio 2006

Reflexo

29 maio 2006

Lagartixa

Lacerta dugesii

28 maio 2006

Comportamento: I. Alfaiate

O Alfaiate, Recurvirostra avosetta, ao pescar exibe um comportamento muito interessante.
Percorre as lagunas e pântanos com muita atenção ao fundo, procurando pequenos peixes. Ao deparar-se com dificuldades na apanha do alimento, abre as asas criando uma sombra na água. Os peixes gostam de sombra e se aproximam desta. Nem imaginam o que lhes espera!!
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27 maio 2006

Lagoa do Peixinho

Tenho tentado colocar aqui neste blog diversos locais dos Açores com grande beleza, não referindo os graves problemas que estes mesmos locais apresentam.
Desta vez coloco este post somente para referir uma lagoa que demonstra a grande realidade de praticamente todas as nossas lagoas e de forma geral as paisagens açoreanas.
Esta lagoa, chamada de peixinho, fica na freguesia da Relva, junto à estrada de acesso às Sete Cidades (caminho da Covoada), poderia ser um local de atracção turística, um local de repouso, mas na realidade é uma lixeira, não existe vida, nem um peixinho, nem plantas; ainda resistem algumas rãs!!!
Para começar existe uma grande exploração de inertes, despejos de resíduos sólidos, sacos e recipientes de rações, enfim uma planopia de porcaria tóxica, e ninguém faz nada para impedir a degradação desta lagoa. Aliás, quando na televisão passam spots publicitários a referir "Açores, Natureza Viva" e apresentam uma conteira ou hortênsia (plantas introduzidas e invasoras altamente competitivas) está tudo dito!!!
As nossas lagoas afectadas pela eutrofização, assoreamento, lixo e contaminação, são somente a ponta do Iceberg e a face visível do estado das coisas.
É triste!!!

26 maio 2006

Leitura VI: "A common fate"


"A common fate" de Joseph Conel descreve a relação entre as populações do Pacífico Noroeste e os salmões em perigo de extinção na área.
Este é um livro sobre a conservação de uma das espécies íctias mais fascinantes dos nossos mares.

25 maio 2006

Aves dos Açores: III. Milhafre

O Milhafre, Buteo buteo ocorre em todas as ilhas dos Açores excepto Flores e Corvo.
É a única ave de rapina nidificante na região.
É muito comum observar indivíduos nos postes de electricidade e cercas, locais utilizados como vigias, a pairar no ar utilizando o ar quente ascendente e em vôo picado.
É a meu ver a ave mais espetacular´dos Açores.
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18 maio 2006

Mestre!!

Foi hoje às 15:00 h que me tornei Mestre, defendi a minha tese de Mestrado em Ciências do Mar - Recursos Marinhos, no anfiteatro do CIIMAR, com o tema "Estudo da Feminização da Papila Urogenital Masculina no Caboz d’areia (Pomatoschistus minutus) nos Estuários dos Rios Minho e Lima", com o resultado de Muito Bom.
Obrigado a todos os meus familiares e amigos, sem eles não teria conseguido.
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14 maio 2006

Porquê reciclar?

A questão da gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) ganhou nos últimos anos uma importância vital, dado o aumento das quantidades geradas no nosso país e o seu ineficiente encaminhamento final.Os resíduos de embalagens representam hoje cerca de um terço do total dos RSU (e os plásticos 9% em peso daqueles) e, ao que tudo indica, essa percentagem tenderá a crescer nos próximos anos.Os resíduos de embalagens justificam uma atenção especial, dada a natureza dos materiais que os constituem. Muitos resíduos de embalagens podem ser valorizados, desde que convenientemente tratados de acordo com a sua especificidade, resultando daí ganhos ambientais, económicos e sociais.
De entre os resíduos de embalagens, os plásticos ganharam, ao longo dos anos, uma reputação negativa, sendo acusados de não se decomporem. De facto, a maior parte dos plásticos não são biodegradáveis, mas na realidade grande parte são fotodegradáveis. No entanto, nos aterros mantêm-se inalteráveis por falta de luz e oxigénio, o que aliás acontece com outros materiais. A sua deposição em aterros não é, portanto, a melhor solução. Outras soluções se apresentam: quando devidamente recolhidos e processados, os plásticos podem ser valorizados, quer em reciclagem, quer em recuperação energética.Assim se conclui que a reciclagem de plásticos tem um elevado potencial, quer em termos ambientais, quer em termos económicos. Daí a importância da sensibilização e da informação dos cidadãos, quer no que diz respeito aos hábitos de adesão à recolha selectiva, quer no reconhecimento de que, com materiais reciclados se produzem produtos de qualidade.
A Indústria do Plástico tem contribuído desde sempre para a racionalização da utilização do plástico, nomeadamente através da Política dos 3R: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Por outro lado, as Indústrias Recicladoras de Plásticos processam vários milhares de toneladas de resíduos plásticos anualmente, com as mais diversas origens, com destaque para os resíduos industriais e comerciais. A capacidade global de reciclagem no nosso país estima-se em cerca de 45 mil toneladas/ano, valor claramente excedentário relativamente às quantidades recolhidas pelas Autarquias, o que justifica um maior esforço de promoção dos circuitos de recolha selectiva e triagem junto dos cidadãos consumidores.
Daqui resulta que a reciclagem de plástico é uma responsabilidade de todos nós, cidadãos consumidores que utilizam embalagens e inúmeros outros artigos fabricados com plástico.
Nunca é demais lembrar que:- a reciclagem de plásticos é uma actividade que contribui para a redução da poluição e a conservação de recursos;- até agora grande parte da reciclagem mecânica efectuada em Portugal é feita com resíduos industriais, havendo claramente espaço na capacidade instalada para resíduos domésticos, desde que provenientes da recolha selectiva e triagem;- todos os plásticos são recicláveis. No entanto, só interessa reciclar quando dessa operação resultar um ganho ambiental e económico. Assim sendo, resulta que nem todas as embalagens, em função do seu conteúdo ou da sua constituição, são as mais adequadas para serem recicladas;- a reciclagem do material plástico pós-consumo depende essencialmente da quantidade e qualidade dos resíduos. É da responsabilidade de todos nós, cidadãos conscientes, a separação adequada dos materiais de forma a que estes possam ter uma segunda vida.
Para que valha a pena valorizar/reciclar é essencial:- que a utilização de resíduos enquanto matérias-primas secundárias seja economicamente vantajosa;- que existam mercados para os produtos recuperados e valorizados;- que existam meios e tecnologias eficazes para a recolha, a separação e a transformação dos resíduos;- que a Indústria de Reciclagem seja contemplada pelos incentivos financeiros existentes a nível estatal e comunitário.
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13 maio 2006

Lagoa do Fogo ao anoitecer

12 maio 2006

Leitura V: "As histórias naturais"

O livro "As histórias naturais" de Juan Perucho é um extraordinário romance de aventuras escrito por um narrador de grande sensibilidade e enorme cultura, no qual António de Montpalau, cientista, ilustrado e liberal, se dedica à busca de Onofre de Dip, cavaleiro do Rei Jaime convertido em vampiro.
Toda a acção se desenrola na época das guerras carlistas e liberais, e o romance, pleno de poesia, de ironia e de cultura, mantém o mesmo interesse e suspense desde a primeira até à última página.

11 maio 2006

Resíduos sólidos urbanos nos Açores - notícia Lusa

Governo gastou um milhão euros no apoio à exportação de resíduos
5/11/2006 4:04:00 PM
por Lusa
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A secretária regional do Ambiente e do Mar dos Açores anunciou hoje que o Governo açoriano gastou, em 2005, cerca de um milhão de euros para apoiar as autarquias na exportação de passivos ambientais de pneus e óleos usados.
Em conferência de imprensa na cidade da Horta, Ana Paula Marques acrescentou que foram também gastos 500 mil euros no transporte para o exterior do arquipélago de resíduos sólidos urbanos, como o papel e papelão, vidro e plástico.
"Cientes de que ainda existe um significativo caminho a percorrer, vamos debater hoje com todos os municípios da região o relatório de caracterização da Região Autónoma dos Açores no Sistema Integrado para a Gestão de Resíduos de Embalagens", adiantou a responsável governamental pelo sector do Ambiente.
Ana Paula Marques anunciou ainda que no próximo mês será lançada a discussão pública do Plano Estratégico para a Gestão de Resíduos dos Açores, que vai substituir o documento ainda em vigor.
Além disso, está em estudo a organização de uma cimeira do Ambiente entre as regiões da Macaronésia, envolvendo os arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias, com o objectivo de avaliar as soluções e os custos implementados em cada um dos territórios.
A secretária regional do Ambiente e do Mar assegurou, também, que a situação actual da gestão de resíduos na região "é muito melhor" do que no início da legislatura, quando havia apenas "uma empresa de recolha transporte de resíduos" a operar na região.
Actualmente, quatro empresas prestam este serviço que, para além dos resíduos sólidos urbanos, já se estende aos "óleos e lubrificantes, pilhas e pneus, dos quais vão ser agora exportadas seis mil toneladas".
Os próximos passos, segundo Ana Paula Marques, serão direccionados para garantir a exportação de chapa e veículos em fim de vida, bem como de resíduos agrícolas.
Em 2005, foram produzidas 119.108 toneladas de resíduos sólidos urbanos nos Açores, resultado da produção individual de 493 quilos de cada cidadão.
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10 maio 2006

Caminhos Pedestres: II. A Serra Devassa

II. A Serra Devassa
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Este caminho pedestre é muito interessante e variado.
Num percurso de 7,5 km, de nível fácil, é possível observar diversas lagoas: Lagoa do Canário, Caldeirão pequeno norte, Caldeirão pequeno sul, lagoa das éguas norte, lagoa das éguas sul, lagoa rasa, lagoa das empadadas sul, lagoa das empadadas norte e lagoa de pau pique.
Ao longo do percurso, com panoramas espetaculares, é possível observar diversas espécies de aves autóctones e migradoras, inúmeras espécies de plantas, algumas delas endémicas e inúmeros pontos de interesse geológico.
Estes caminhos eram usados antigamente para acesso às lagoas (fonte de água), para dar de beber às éguas (daí o nome de algumas delas) e canalisar água para os campos e cidade de Ponta Delgada.
As duas horas de duração média desta caminhada passam rápido e ficamos sempre com vontade de lá voltar.
É pena o facto destas lagoas estarm ameaçadas tanto pelo assoreamento como pela eutrofização, são problemas que todas as lagoas dos Açores têm e cada dia que passa perde-se um pouco de cada uma delas.
A reflorestação das encostas das lagoas e a plantação de plantas adequadas podia travar esta situação, ou pelo menos minorizar os danos.

09 maio 2006

E esta, hein??

Estas fotos foram tiradas junto à lagoa das Sete Cidades, a tabuleta encontra-se dentro de água a cerca de 15 metros da margem da lagoa, poderia ter chovido muito e as margens da lagoa ficarem submersas, mas nem foi o caso!!!
É caso para dizer: E esta, hein?
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08 maio 2006

Migradoras: Garça-branca-grande

Garça-branca-grande
Egretta alba
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Espécie nidificante em canaviais de pântanos, deltas e lagunas do sudeste da Europa e América do Norte, América do Sul, Africa e Ásia.
Os indivíduos que ocorrem aos Açores são de origem americana.
O indivíduo nas fotos não está no estado reproductor (este tem o bico escuro e pernas claras).
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07 maio 2006

Aves dos Açores: II. Pisco-de-peito-ruivo

O Pisco-de-peito-ruivo, Erithacus rubecula, também conhecido nos Açores como Santo Antoninho, é uma ave muito comum no arquipélago e nidifica em florestas, jardins e parques.
Os adultos têm o peito e testa característicamente cor de laranja. Os juvenis são acastanhados, densamente sarapintados de um castanho amarelado.
Tem um canto cristalino e diversificado.
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06 maio 2006

Mergulho sub aquático

A invenção do equipamento de mergulho possibilitou que o homem deixasse terra seca e se aventurasse na descoberta dos grandes segredos das profundezas dos oceanos.
Ao inventarem um modo de respirar livremente debaixo de água, o já lendário Jacques Cousteau e dois dos seus colegas mudaram a nossa percepção do mundo sub aquático para sempre.
Mergulhar pode ser um passatempo, um desporto ou até mesmo uma forma de ganhar dinheiro, mas seja de que forma se mergulha, é sempre um prazer, estar num meio que não o nosso (pelo menos após o nascimento) e respirar, é fantástico!
Explorar um mundo ainda mais desconhecido para a ciência do que a superficie da lua, é algo de fantástico.
Para quem mergulha, sabe que todos os mergulhos são únicos, o mar está constantemente em mudança e em movimento. Em cada mergulho encontramos espécies diferentes, mais ou menos sociáveis, fundos distintos, reêntrancias que anteriormente não tinhamos visto, tons e sons profundos, enfim, tudo isso faz de um mergulhador um investigador, alguém que contribui para o conhecimento deste mundo azul.

05 maio 2006

Leitura IV: "Quando os elefantes choram"

O livro "Quando os elefantes choram" de Jeffrey Masson e Susan McCarthy revela-nos a vida emocional dos animais.
Baseado em estudos científicos e trabalhos de campo carregados de histórias escritas por dezenas de biólogos, etólogos, treinadores e investigadores do comportamento animal, este livro revela a profundidade com que os animais, selvagens ou em cativeiro, experienciam as emoções... incluindo os elefantes, que choram lágrimas de partir o coração; búfalos que esquiam no gelo apenas pelo prazer de esquiar; um chimpanzé que chorou a perda da mãe até morrer de desgosto; uma gorila tímida, perita em linguagem gestual, que adora brincar com bonecas quando ninguém está a ver; corvos que danificaram as cúpulas douradas do Kremlin, porque as usavam como escorregas; um papagaio, com um vocabulário impressionante que, ao aperceber-se de que teria de ficar no consultório do veterinário, gritou para o dono: _ Anda cá! Eu amo-te! Desculpa. Quero voltar para casa!
Este é um livro que realça a igualdade entre nós humanos e os restantes animais, revelando histórias secretas do Mundo Natural que nos rodeia e do qual também fazemos parte.

04 maio 2006

Maresia

Cheira a mar
Maresia
Maré baixa - maré alta
Fantasia.
Pedras pretas,
Açoreanos enfrentando o mar.
Sob os pés, rochas escorregadias,
Com musgo.
Quentes.
Caminho no mar.
Sente-se uma aragem viva,
Perdemo-nos no tempo
Em detalhes…
No calhau há um mundo
De pequenos seres
Pequenos crustáceos
Ouriços, caranguejos e lapas
E pequenos peixes prateados
Que brilham nas poças
Ao sol.
Pequenos seres
Que fazem parte de um mar imenso,
De uma terra firme
De um universo sem fim.
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Paulo Rodrigues
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03 maio 2006

No fundo do mar

No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.

Sophia de Mello Breyner Andresen
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02 maio 2006

Formação da lagoa das Furnas e as espécies de peixe existentes

A lagoa das Furnas, tal como a das Sete Cidades, é uma caldeira de subsidência, formada por colapsos sucessivos do topo da montanha.
A caldeira vulcânica onde está actualmente a lagoa das Furnas, já foi ocupada por mais de uma lagoa até à última erupção do vulcão das Furnas, em 1630.
Segundo os útlmos estudos, residem 5 espécies de peixes na lagoa; são elas o Ruivo, a Carpa, a Perca, o Lúcio e o Sandre.
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Ruivo, Rutilus rutilus

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Carpa, Cyprinus carpio

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Perca, Perca fluviatilis

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Lúcio, Esox lucius

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Sandre, Stizostedion lucioperca

01 maio 2006

Lagoa das Furnas